Robôs cada vez mais parecidos com seres humanos

A boneca de borracha em tamanho real desenvolvida pela True Companion que conversa com seu dono a partir de um sistema que memoriza frases ditas por pessoas próximas. Ela vem de fábrica com um laptop conectado à internet via rede Wi-Fi (sem fio).

Ela não pode aspirar, não pode cozinhar, mas pode fazer quase todo o resto, se é que você me entende… Ela é uma ótima companhia. Tem personalidade, ouve, conversa, sente o seu toque e vai dormir com você. Nós estamos tentando reproduzir nela a personalidade das pessoas.

Cada robô tem um sistema que permite escolher uma das cinco personalidades, desde a mais desinibida até a tímida e reservada.

Por enquanto, as vendas acontecem apenas na Europa e nos Estados Unidos por preços que vão de US$ 7.000 (R$ 12.200) a US$ 9.000 (R$ 15.700), mas a True Companion disse que vai tentar exportar a boneca-robô ao mundo todo.

Feiras internacionais mostram o que há de novidade no setor de robótica
Todos os anos milhares de robôs saem das empresas que o criam e são lançados em feiras e eventos tecnológicos pelo mundo todo.

Em 2009, a The International Robot Exhibition ou Feira Internacional de Robôs (em português) que aconteceu em Tóquio, capital do Japão, foi uma importante mostra do que deve se tornar realidade em breve, daqui muitos anos ou apenas usado como testes para a criação de outros robôs ou produtos.

Os destaques foram os robôs humanoides, que melhoraram sua aparência e tato, graças aos avanços em ótica digital e ao desenvolvimento de sensores elétricos.

As aptidões podem ser as mais variadas possíveis como é o caso do Hiro, que reconhece o rosto das pessoas, reconhece cores, formas e tem câmeras embutidas.

Outro modelo apresentado foi o Topio, um atleta de alta performance que desafia os jogadores a vencê-lo em partidas de pingue-pongue.

No Brasil, a Robotec Fair mostrou em Curitiba a Actroide DER, que parece uma mulher de verdade e pronuncia frases em quatro idiomas diferentes. A boneca-robô é uma evolução de outros robôs similares produzidos pela Kokoro, uma empresa japonesa de robótica ligada à Sanrio, criadora da personagem Hello Kitty.

Empresas automobilísticas também investem no ramo. A Volkswagen se uniu ao Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT), nos Estados Unidos, para desenvolver o Ainda, cuja missão é orientar o motorista e oferecer dicas para que ele se livre do estresse.

Outra universidade, a de Berna, na Suíça, lançou o Virtibot com a intenção de realizar autópsias com mais precisão.

O trabalho combina imagens em 3D (três dimensões) da superfície de um corpo com tomografia computadorizada do interior dele e o resultado é uma imagem confiável, de alta resolução do cadáver. Este escaneamento duplo pode ser usado para determinar com precisão o que matou uma pessoa.

Foto: Divulgação Internet