Greve de professores no Estado pode ser geral, afirmam sindicatos

Na manhã desta quinta-feira (31) o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes) fará uma reunião com professores afiliados da rede estadual de ensino para decidir sobre uma possível greve. A paralisação poderá ser feita a partir da próxima semana, dependendo do resultado da conversa. As reclamações são as mesmas dos professores da rede municipal de ensino de Vitória, que estão parcialmente paralisados desde o último dia 14. A exemplo deles, também pode ser decretada greve a qualquer momento de educadores que atuam em outros municípios da Grande Vitória.

Em Vila Velha o reajuste ainda está em negociação. Em Guarapari, os professores são contrários ao que a prefeitura ofereceu, um reajuste abaixo da inflação. Na Serra os professores estão com assembléia marcada para amanhã (31), pela manhã, na antiga prefeitura, em Serra Sede. De lá, devem sair já em passeata reivindicando seus direitos. O prefeito ainda não fez uma contraproposta para a categoria, que pede urgência em suas solicitações, de acordo com o Sindiupes.

“Eles reclamam das condições das escolas, falta de segurança e os salários que estão constantemente atrasados e sempre sendo achatados”, afirmou o diretor do Sindiupes, Guaraci Abraão Tuler. Por não serem filiados ao sindicato, os professores da rede municipal de Cariacica, Vila Velha, Serra e Guarapari devem realizar de reuniões isoladas para decidirem sobre seus rumos no mês de abril.

Os professores das escolas particulares também estão encontrando dificuldades quanto às negociações de direitos com as instituições de ensino, de acordo com o Sindicato dos Professores do Espírito Santo (Sinpro/ES). Situação semelhante aconteceu em Minas Gerais, onde uma greve foi iniciada no dia 22 deste mês, durando apenas uma semana. Um dia após o retorno dos professores mineiros, aqueles que haviam aderido à paralisação foram demitidos em uma filial da rede de colégios Marista.

Entenda as reivindicações em Vitória:

Os professores da rede municipal de ensino de Vitória lutam por melhores condições de trabalho, como a volta dos vigilantes – que foram substituídos por porteiros nas escolas. Eles afirmam que sem os vigilantes o ambiente de trabalho torna-se muito mais violento. Outra reivindicação é a falta de materiais nas salas de aulas e as péssimas condições das escolas, com infraestruturas danificadas, além do pagamento imediato da inflação.

Imagem: Reprodução