Need for Speed: Hot Pursuit segue estilo Burnout, mas só com carrões

Com nova produtora, game voltou a agradar fãs da série de corrida.
Destaque para os modelos esportivos como Bugatti Veyron e Lamborghini.

Plataformas: PlayStation 3, Xbox 360 (versão testada), Wii, PC e iPhone
Produção: Electronic Arts
Desenvolvimento: Criterion Games
Distribuição no Brasil: Warner Bros.
Gênero: Corrida
Jogadores: 1 (até 8 on-line)
Lançamento: 16 de novembro de 2010
Preço sugerido: R$ 200
Nota: 9,0

Quando a Electronic Arts anunciou que a desenvolvedora Criterion Games cuidaria da nova edição da famosa série de corrida “Need for Speed”, os fãs respiraram aliviados. Após a decepção dos últimos títulos, saber que a dona da franquia “Burnout” traria toda a experiência de rachas em alta velocidade para o jogo, com direito aos carros mais rápidos e desejados do mundo como Ferraris, Lamborghinis, Porches e Bentleys, era para deixar qualquer gamer tranquilo.

A Criterion Games foi bem-sucedida em “Need for Speed: Hot Pursuit”, criando, talvez, o game da série mais “veloz e furioso”, com carrões fritando pneus pelas pistas da cidade fictícia de Seacrest County em alta-velocidade seja participando de competições, em rachas contra outros jogadores – ou fugindo da polícia, que, ironicamente, também possui carros incríveis na garagem. E, diferentemente de games com um grande “elenco” de carros, aqui eles amassam a cada batida e acabam destruídos ao final das perseguições.

Corridas clandestinas
Não há muito o que pensar – não há nem uma história para se conhecer – para começar a jogar “Hot Pursuit”. O jogador precisa apenas selecionar um dos diversos desafios espalhados pelo mapa e partir para o racha. As corridas acontecem em qualquer horário do dia e em qualquer condição de clima. Então, prepare-se para ter suas habilidades testadas na chuva, quando a pista fica escorregadia.

Como um corredor ilegal de rua, é possível correr contra outros adversários, tentar completar um percurso no menor tempo possível ou fazer um racha com outro colega. Nesses casos, a polícia pode aparecer, ou não, para tentar prendê-lo. Para cumprir a lei, ela utiliza uma série de recursos como chamar uma barreira policial ou lançar espetos para furar os pneus dos fugutivos, aumentando o desafio.

Estes mesmos recursos podem ser usados pelo jogador quando ele atuar como policial. Eles têm os carros potentes de seus rivais (devidamente “vestidos” para avisar que são a lei) e devem cumprir objetivos como chegar ao local do crime dentro de um determinado tempo ou capturar um determinado número de corredores. Nesse caso, ele deve fazer com que os carros capotem em cenas que dificilmente não lembram “Burnout”.

O grande trunfo de “Need for Speed: Hot Pursuit” não está na facilidade de se dirigir os carros e nem nos gráficos muito bem trabalhados. O destaque fica com o sistema Autolog, uma espécie de rede social fechada do game. Por meio dela é possível saber o resultado de amigos e de rivais, independentemente se eles jogarem os modos on-line e off-line, em cada prova. Assim, quando o jogador entrar no jogo, ele saberá tudo o que aconteceu e poderá também pegar a mesma prova dos adversários e superar seus resultados.

Com vitórias, o jogador recebe pontos que podem habilitar novos veículos e provas. E há uma série de carros caríssimos que estão no jogo como Mazda RX-8, Dodge Charger RT8, Bugatti Veyron, Lamborghini LP 670-4 SuperVeloce, Mercedes SLS AMG, Nissan GT-R SpecVLancer Evolution X entre muitos outros. Esta pontuação e os carros também servem de reputação entre os amigos, que saberão o nível do jogador.

Para correr nestes carrões, a Criterion Games criou estradas com longas retas, curvas fechadas e uma série de atalhos. O traçado obriga o jogador a utilizar estratégias como o uso do nitro, que dá um gás a mais no carro, e derrapar nas curvas e a desviar do tráfego, forçando o oponente a bater. Estes riscos aumentam a barra de nitro, permitindo andar em alta velocidade por mais tempo.

Confira um trecho do Jogo

Os carros no game apresentam os mesmos detalhes dos modelos reais e, embora o game não seja um simulador como “Gran Turismo”, cada um tem um comportamento diferente. Há modelos que se dão melhor nas retas, mas perdem desempenho nas curvas. É importante analisar o traçado da pista antes de selecionar o veículo.

Para quem gosta de corridas que trazem emoção e de perseguições, “Need for Speed: Hot Pursuit” tem tudo para ser um dos melhores jogos do gênero. Ele consegue trazer a mesma essência do primeiro “Need for Speed”, lançado na metade de década de 1990, em que o objetivo era apenas correr em grandes carros. As perseguições do game de 2010 empolgam e o jogo consegue manter a ânsia de querer sempre ir melhor e vencer dos amigos, algo que anda em falta em muitos títulos do mercado.

Foto: Reprodução