Dormir mal pode ser mais perigoso do que se imagina

Pesquisa mostra que brasileiros não dormem a quantidade que gostariam

Estresse, ansiedade, depressão, obesidade e hipertensão. Essas são algumas das consequências da privação do sono, mal que atinge um terço dos brasileiros. Ir para a cama tarde e ter de acordar muito cedo no dia seguinte é o motivo mais citado pelas pessoas para não dormirem bem. Foi o que revelou a pesquisa realizada pela Philips, em parceria com o Instituto Ipso, que mostra o que os brasileiros pensam sobre saúde e bem-estar. A maioria (53%) dos brasileiros acreditam que a falta de sono tem impacto sobre a saúde mental e o desempenho no trabalho.

De acordo com a pneumologista e especialista em estudo do sono Jéssica Polese, muitas doenças estão diretamente relacionadas a problemas do sono. Para a especialista, a quantidade de anos que a pessoa vive pode ser influenciada pela quantidade e qualidade do sono. “O ideal é que a pessoa durma entre sete e oito horas por noite e esse valor é ainda maior para crianças. Elas devem dormir 10 horas por noite”, explica.

A pesquisa, feita em 23 países, mostra que o Brasil não é o único que sofre com este mal. Se comparado com os resultados dos EUA, China, Espanha, França, Holanda e Bélgica, o Brasil ocupa o 4º lugar. Os franceses são os que mais admitem não dormir o suficiente à noite. Dentre os principais motivos para privação do sono estão: dormir muito tarde à noite e levantar cedo, insônia, filhos, ronco do(a) parceiro(a), barulho externo e preocupações com o trabalho.

Para muitos, este é um problema difícil de ser resolvido. O trabalho, os estudos e até mesmo o lazer impedem que as pessoas durmam a quantidade necessária para repor as energias gastas durante o dia. Para amenizar a falta de sono e os transtornos que isso acarreta ao longo do dia, a nutricionista Danielly Serrano orienta que as pessoas consumam alimentos energizantes como o café e mate preto no período da manhã.

Já à noite, os energizantes devem ser evitados, pois prejudicam o sono. Quem deseja ter uma noite de sono tranquila deve comer refeições leves. “A pessoa que quer dormir bem não pode comer muito à noite, mas também não pode dormir com fome, porque isso também atrapalha. “Eu indico um copo de leite morno com mel antes de dormir, pois isso induz o sono de forma natural. Já molhos, refrigerantes e alimentos gordurosos não são recomendados no período da noite”, salienta.

Tecnologia a favor da saúde

A pesquisa revelou que 83% dos brasileiros sentem que os avanços tecnológicos mudarão fundamentalmente a vida das pessoas e que a tecnologia médica lhes permitirá viver mais tempo. Oito de cada dez brasileiros usariam um aparelho para ajudar no planejamento de refeições saudáveis.

Dentre os pesquisados no Brasil, 78% afirmam que esperam viver mais que seus pais. Cerca de 60% esperam viver até, ao menos, os 71 anos de idade. Dos homens, 80% acreditam chegar a essa idade, contra somente 67% das mulheres.

A Holanda foi o país que apresentou a maior confiança na tecnologia, com 90% das pessoas apostando nela para garantir a longevidade. Em seguida, estão a Bélgica (88%), a China (82%) e a Espanha (79%). Já os índices mais baixos foram os dos Estados Unidos e da França, países onde 76% das pessoas esperam que a tecnologia possibilite o aumento da expectativa de vida.

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