Brasileiro consome mais de um bilhão de quilos da massa por ano
No dia 25 de outubro é comemorado o Dia do Macarrão, alimento que ultrapassou as fronteiras do Oriente Médio, conquistou os italianos e hoje é sucesso na mesa dos brasileiros, que anualmente consomem mais de um bilhão de quilos da massa, colocando o país em 12º lugar no ranking mundial de consumo do macarrão. O Espírito Santo possui 180 empresas atuam no setor de massas alimentícias e biscoitos, responsáveis pela geração de mais de dois mil empregos diretos e seis mil indiretos.
Alejandro Dueñas, presidente do Sindimassas (Sindicato de Massas Alimentícias do Espírito Santo) afirma que o alimento é gostoso, nutritivo e não engorda. “Ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, o macarrão não engorda. Ele é uma fonte de energia e pobre em gorduras com zero de gorduras trans. Estudos científicos comprovam que as massas podem e devem entrar nas refeições diárias de qualquer pessoa”, garante.
Dados da Abima (Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias) apontam que o Brasil é o terceiro maior fabricante de macarrão do mundo. Os maiores consumidores per capita são Itália, com 28 kg por habitante/ano, e a Venezuela, com 13 kg por habitante/ano. E para estimular o consumo do alimento, a entidade incentiva às indústrias a divulgar o Dia do Macarrão, não apenas para marcar a data, como para enfatizar os benefícios do alimento.
A variedade de macarrões disponíveis é enorme, pois na sua manufatura são considerados os tipos e os formatos de massas. Segundo Dueñas, o mercado brasileiro é representado por três categorias: as massas secas, como o espaguete, gravatinha e parafuso que representam 87% do consumo e o restante do setor se divide em massas instantâneas, representado por 10% de e 3% de massas frescas, do tipo ravióli e cappeletti.
O Dia Mundial do Macarrão foi criado em 1995, durante o I World Pasta Congress (Congresso Mundial de Macarrão), realizado em Roma, que reuniu os principais fabricantes do mundo. Desde então, a data é comemorada em diversos países, com o objetivo de difundir os benefícios do macarrão e aumentar o consumo per capita.
Brasil sedia IV Pasta World Congress
Por sua importante participação no mercado mundial de massas, o Brasil foi escolhido para ser a sede do IV Pasta World Congress, (o mesmo que na primeira edição instituiu o dia do macarrão), que acontece de 24 a 27 de outubro no Rio de Janeiro. O congresso vai reunir empresas de todo o mundo e promete discutir assuntos como a Indústria mundial do trigo, tendências, tecnologias e nutrição.
No Dia do Macarrão, Claudio Zanão, presidente da Abima, participa de uma mesa redonda com o tema “Consumo institucional do macarrão”, que vai debater especialmente o consumo do produto no Brasil. A programação do evento conta com jantares gourmet e muita massa.
Motivos para incluir macarrão na alimentação:
- Fonte de energia;
- Pobre em gorduras e, em muitas de suas versões, com zero de gorduras trans;
- Apresenta versões com apelos funcionais;
- Prático de fazer;
- Combina com vários tipos de molhos, carnes e vegetais;
- Pode ser consumido em todas as estações do ano, seja em pratos quentes ou frios;
- É possível fazer dos pratos mais elaborados às receitas caseiras mais simples;
- Sabor agrada a todos os públicos;
- Grande variedade de preços, desde os mais acessíveis;
- Disponível em todas as regiões do país;
- Apresenta inúmeros formatos e variação de cores;
- Possui grande aceitabilidade entre o público infantil;
Origem do macarrão
A origem do macarrão é incerta, mas o que se pode afirmar é que vem da antiguidade. Uma das primeiras referências sobre uma pasta cozida à base de cereais e água remete aos povos da Assíria e da Babilônia, em 2.500 a.C.
O Talmud, o livro sagrado que traz as leis judaicas, no século 5 a.C. O itriyah dos antigos hebreus era uma espécie de massa chata usada em cerimônias religiosas. Porém, na versão mais comum, o macarrão teria chegado ao ocidente pelas mãos de Marco Polo, mercador veneziano que visitou a China no século 13.
Entretanto, na Itália, já em 1279, 16 anos antes do retorno de Marco Polo, foi registrada uma cesta de massas no inventário de bens de um soldado genovês, Ponzio Bastione. A palavra macaronis, usada no inventário, seria derivada do verbo maccari, de um antigo dialeto da Sicília, significa achatar e que, por sua vez, vem do grego makar, que quer dizer sagrado.
A versão mais aceita pelos historiadores diz que os árabes levaram a massa à Sicilia no século 9, quando conquistaram a ilha, considerada a maior da Itália. A partir do século 13, os italianos foram os maiores difusores e consumidores do alimento por todo o mundo: inventaram mais de 500 variedades de tipos e formatos.
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