Cientistas anunciaram a descoberta de um fóssil que teria a dor de dente mais antiga conhecida. Segundo informações fornecidas pelo site Science Daily nesta segunda-feira (18), o problema foi descoberto na espécie Hamatus labidosaurus, que viveu há 275 milhões de anos no que hoje é Oklahoma, nos Estados Unidos.
Liderados pelo professor Robert Reisz, do Departamento de Biologia da Universidade de Toronto, os cientistas encontraram evidências de dano no osso dos répteis devido à infecção oral. O recorde anterior de doença dental em um vertebrado terrestre era de 200 milhões de anos.
Os pesquisadores investigaram as garras de vários exemplares preservados na América do Norte. Analisando os fósseis com tomografia computadorizada, em um exemplar a equipe encontrou evidências de uma infecção generalizada, que resultou na perda de vários dentes e na destruição óssea do maxilar.
“Essa descoberta não apenas amplia nossa compreensão da doença dental, mas também revela as vantagens e as desvantagens da evolução das espécies para poder se alimentar de carne e vegetais”, diz Reisz. “Neste caso, como acontece com os seres humanos, pode ter aumentado a sua suscetibilidade a infecções orais”. O estudo foi publicado na revista Naturwissenschaften.
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Colunista: Rômulo Vitório