Alecrim-do-campo apresenta propriedades preventivas

Alecrim-do-campo apresenta propriedades preventivas contra a cárie
Do UOL Ciência e Saúde*
Em São Paulo
Extratos das folhas de alecrim-do-campo têm potencial terapêutico para a prevenção do desenvolvimento da cárie dental. A conclusão é de pesquisa desenvolvida por Denise Pimenta da Silva Leitão, em projeto de doutorado pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto. Esses resultados abrem caminhos para criação de cremes dentais e enxaguatórios bucais à base da planta.

Segundo estudo, a planta ajuda a inibir a proliferação do Streptococcus mutans, que causa a cárie em seres humanos
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Segundo a pesquisadora, o alecrim-do-campo é a principal matéria-prima da própolis verde, uma variedade produzida nos Estados de Minas Gerais e São Paulo. Diversos estudos têm mostrado que o produto é capaz de inibir a proliferação de Streptococcus mutans, apontado como agente causal primário ou iniciador da cárie dental em seres humanos.

O trabalho compara o extrato de própolis verde com o do alecrim-do-campo. Verificou-se que em todos os parâmetros bioquímicos avaliados do micro-organismo Streptococcus mutans, os extratos do alecrim tiveram uma atividade praticamente igual ao extrato da própolis verde. A pesquisa teve a orientação do professor Augusto César Spadaro.

De acordo com a pesquisadora, em doses um pouco maiores, o extrato do alecrim-do-campo foi capaz também de eliminar essas bactérias.

Vantagem

Nos últimos anos, vários trabalhos foram publicados sobre a atividade biológica de extratos de própolis verde nos fatores de virulência de Streptococcus mutans relacionados à cárie dental. A finalidade é direcionar o uso da própolis verde como produto farmacêutico no tratamento e prevenção de cáries dentais e outras infecções da cavidade bucal.

“Embora exista todo um cuidado com a qualidade de produtos farmacêuticos preparados a partir de própolis, a sua padronização para a produção de medicamentos ainda encontra vários obstáculos, pelo fato de a composição química desta resina estar sujeita a inúmeras variações sazonais e ambientais”, explicou a autora do estudo à Agência USP de Notícias.

Segundo ela, a matéria-prima de origem vegetal, embora também esteja sujeita a variações sazonais de sua composição química, oferece uma facilidade maior para padronização, desde que seu plantio seja feito sob rigoroso monitoramento. “A produtividade de matéria-prima vegetal em relação à própolis verde representa um fator vantajoso.”

*Com informações da Agência USP de Notícias