Deixar a visita ao especialista para depois atrasa diagnóstico e tratamento. Centro de Referência em Saúde do Homem atende 2,8 mil por mês
Um estudo divulgado nesta quinta-feira (20) aponta que 60% dos homens de um total de 2,8 mil pacientes atendidos mensalmente pelo Centro de Referência em Saúde do Homem já chegam à unidade doentes, sem saber da existência da patologia, apresentando sintomas mais avançados que os iniciais.
A demora para procurar o médico atrasa o diagnóstico e tratamento dos pacientes, o que pode tornar uma doença simples em um quadro mais grave, com a necessidade de procedimentos invasivos como cirurgias. Cerca de 250 homens passam por operações como retirada da próstata ou de cálculos renais a cada mês no órgão. A prevenção pode evitar casos como esses, com um tratamento a base apenas de medicamentos.
Dores fortes no corpo e dificuldades para urinar são apontadas pelo órgão ligado à Secretaria de Saúde paulista como queixas comuns entre homens e os principais motivos para levá-los a finalmente buscar ajuda médica.
“Eles se consideram super-homens e acham que vir ao consultório é sinônimo de fraqueza, mas as consultas de rotina são capazes de evitar desde as doenças comuns, como o crescimento benigno da próstata, até as mais graves, como câncer”, explica o médico urologista Joaquim Claro.
A vergonha e o preconceito no caso de exames como o de próstata, fundamental para diagnosticar possíveis tumores, também é lembrado pelo Centro como motivos de aversão à consultas por parte do sexo masculino.
Segundo o especialista, o acompanhamento médico para homens deve começar desde a infância. Após os 40 anos, as consultas devem ser anuais.
Imagem: Reprodução/Getty Images