Um cachorro foi salvo por policiais militares, após o seu antigo tutor tentar, por várias vezes, afogá-lo no Canal de Camburi. Com uma pedra amarrada ao pescoço, o cão escapou da morte, por três vezes, conseguindo chegar à margem. Na quarta tentativa de assassinar o bicho, os policiais Leonardo Souza e Leonardo Pereira Lúcio deram voz de prisão a Caio Fernando, de 19 anos. A cena aconteceu na noite desta segunda-feira (27), na Ponte da Passagem, em Vitória.
Assista abaixo ao vídeo do flagrante de tentativa de assassinato do cão.
Os policias, que faziam um patrulhamento de rotina na região, ainda foram surpreendidos com uma cena de selvageria: o rapaz mordeu um dos militares, ao ser abordado. Ele foi conduzido ao Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de Vitória, onde foi autuado.
Já o cão, uma mistura de poodle com raça não definida, tem apenas dois anos e aparenta maus-tratos. Caio Fernando alegou que ia matá-lo, porque estava cheio de carrapatos. Segundo os policiais, o animal é bastante dócil e está muito cansado, devido ao esforço em nadar com a pedra pendurada ao pescoço. Ele está internado em uma clínica veterinária e recebe cuidados.
A soldada Lorena Lima Daleprane, que apoiou a dupla de policiais, ficou sensibilizada com a situação e resolveu levar o cachorro para casa. Ela disse que vai cuidar dele, até conseguir alguém que goste de animais para adotá-lo. A previsão para que ele saia da clínica é de pelo menos dois dias. A partir daí, estará apto para adoção. Os interessados podem entrar em contato com a soldada Daleprane, pelo telefone 8132-8182.
Quem maltrata ou abusa de animais está infringindo a Lei 9.605/98, que trata dos crimes de meio ambiente. A punição, nesses casos, varia de três meses a um ano de detenção. A Justiça também pode determinar o pagamento de multa, que, em geral, varia de um salário mínimo a R$ 5 mil.
Denúncias de maus-tratos a animais podem ser feitas em qualquer unidade policial. O cidadão que quiser registrar denúncia, diretamente na Delegacia de Meio Ambiente, deve ligar para 3236-8136 ou para o Disque-Denúncia 181.
Imagem: Reprodução/Gabriel Lordêllo – GZ
Colunista: Rômulo Vitório