Deficiência de ferro, zinco, vitaminas e proteínas pode dar queda de cabelo

Hipotireoidismo e defeito nas suprarrenais também podem ser causas

Após o Bem Estar desta quarta-feira (13), o endocrinologista Alfredo Halpern e a dermatologista Márcia Purceli responderam às principais perguntas que chegaram pela internet sobre queda de cabelo.

Segundo Halpern, o anticoncepcional pode ajudar a combater o problema em muitos casos, porque reduz a quantidade de hormônio masculino no organismo da mulher. A testosterona pode ocasionar uma sensibilidade no couro cabeludo.

A síndrome dos ovários policísticos também pode influenciar na queda capilar, disse o médico. Nesse distúrbio, em que há excesso de testosterona, a mulher pode ter pele e cabelo oleosos, com caspa, menstruações alteradas, pelos no corpo e suor.

Do ponto de vista endócrino, duas doenças podem causar queda dos fios: esse aumento da testosterona e o hipotireoidismo, uma deficiência da glândula tireoide que produz sintomas como pele seca, unhas fracas, cabelos quebradiços, depressão e fadiga. Deficiência de ferro, zinco e outras vitaminas e proteínas também pode dar queda de cabelo, além de um defeito nas glândulas suprarrenais.

Halpern afirmou, ainda, que de 15% a 20% das mulheres depois do parto têm hipotireoidismo em um período de três meses a um ano, e isso pode causar a queda de cabelos. Na amamentação, a mulher pode ficar carente de vitaminas ou minerais se não se alimentar corretamente. Após a menopausa, também pode haver problemas de queda de cabelo e pele oleosa.

De acordo com a doutora Márcia, cair até 100 fios por dia é normal. E o ideal é lavar o cabelo todos os dias ou em dias alternados. Na escovação também caem fios, mas no banho isso é mais acentuado por causa da fricção no couro. Já a escova causa mais quebra.

Depressão e tristeza profunda também podem fazer com que os fios caiam em tufos. Um cabelo normal cresce cerca de 1 cm por mês, e o comprido pode cair mais, porque esse fio já sofreu ação da água do mar, piscina, poluição e químicas.

A especialista disse, ainda, que cortar mais o cabelo não fortalece os fios, é um mito. O que o corte ajuda é a eliminar as pontas duplas. Excesso de química prejudica a aparência dos fios, por isso deve-se optar por tonalizantes e evitar produtos com amônia. A médica recomendou o uso de máscaras a cada semana ou 15 dias para evitar cabelos quebrados.

Xampus com extrato de jaborandi são bons para evitar a queda, e os dermatológicos são indicados caso a caso, destacou Márcia. Os antiqueda devem ser aplicados até três vezes por semana e apenas no couro cabeludo (deixar agir por 5 minutos). Depois, é preciso passar o xampu normal. Já a babosa contém aloe vera, que é um hidratante rico em vitamina A que reestrutura os fios.

Complexos vitamínicos podem ser usados, segundo a dermatologista, mas com acompanhamento médico. Mulheres não podem usar finasterida, com exceção das que não têm mais chance de ter filhos e foram avaliadas por um profissional. A medicação faz com que fetos do sexo masculino nasçam sem o órgão genital.

Por fim, Márcia reforçou que 90% das mulheres no pós-parto têm queda de cabelo, e que a baixa imunidade pode causar queda de cabelo, tanto por problemas emocionais quanto por doenças autoimunes, com lúpus.

Foto: Ilustração