Oito em cada dez homens que morrem por doença respiratória crônica no país são fumantes

Oito em cada dez homens que morrem por doenças respiratórias crônicas no Brasil são fumantes, de acordo com estudo divulgado hoje (31) pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca). O índice é superior à média mundial, de cinco óbitos em cada dez.

Entre as mulheres, seis em cada dez que morrem por doenças respiratórias crônicas são fumantes. A média mundial é de dois óbitos em cada dez.

Dados indicam que 1 milhão de brasileiros, de ambos os sexos, foram diagnosticados com algum tipo de doença respiratória crônica associada ao cigarro. Fumantes a partir dos 30 anos sofrem 40% mais com essas doenças quando comparados aos não fumantes.

Segundo o Inca, as doenças respiratórias crônicas representam a terceira causa de mortalidade por algum tipo de enfermidade no Brasil – atrás apenas dos problemas cardiovasculares e do câncer. Em 2008, quatro brasileiros morreram a cada hora em razão de complicações respiratórias crônicas.

O estudo mostra ainda que pessoas consideradas dependentes severos da nicotina, quando comparadas aos chamados tabagistas leves, sofrem 85% a mais de problemas como enfisema pulmonar e bronquite.

Em relação ao tabagismo passivo, dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que 7,5 mil brasileiros morrem todos os anos devido à exposição ao cigarro. Pais tabagistas que têm crianças e jovens com asma, por exemplo, expõem os filhos a cerca de 4.700 substâncias nocivas presentes na fumaça.

Adultos não fumantes que vivem em áreas urbanas e que são expostos ao tabagismo passivo também apresentam alto índice de diagnóstico de doenças respiratórias crônicas – 30% a mais do que os que não são expostos à fumaça.

Foto: Ilustração