A Universidade Aberta do Brasil, que oferece cursos à distância para 400 alunos, corre risco de fechar por falta de infraestrutura. Os estudantes denunciam que o prédio da instituição, que é mantido pela prefeitura do município, apresenta rachadura nas paredes. Além disso, os banheiros estão danificados e os bebedouros não tem água.
Os cursos são oferecidos gratuitamente pela Ufes, mas os universitários temem não poder concluir a graduação. Segundo a líder estudantil, Fabiola Netto, o Ministério da Educação (MEC) já fez a vistoria no local e constatou as irregularidades. “O mantenedor, que é a prefeitura, tem que dar suporte para que os cursos possam funcionar dentro deste espaço”, disse.
Representantes do ministério vão voltar para uma nova vistoria, que pode ser decisiva para os universitários. “No final do semeste o MEC vai retornar a Vila Velha e, se constatar que nada foi solucionado, o pólo pode ser fechado”.
E as reclamações não são restritas apenas às condições do prédio. A única biblioteca que funciona no local possui apenas duas estantes com poucos livros e a sala ainda não possui iluminação. “Temos dentro de Vila Velha um pólo de extensão da Ufes, com cursos gratuitos e o município simplesmente nos abandonou”, disse o universitário Valter Vale.
Os estudantes dizem que a prefeitura está construindo um prédio para transferir os alunos, mas a obra estaria abandonada. Em nota, a assessoria de imprensa da prefeitura informou que está cumprindo as medidas necessárias para não prejudicar os universitários. Comunicou ainda que a obra foi paralisada por problemas burocráticos, mas que deve ser retomada no segundo semestre deste ano.