A alimentação certa para cada idade da mulher

A necessidade do organismo de uma mulher, aos cinco anos de idade, não é a mesma na adolescência e vida adulta. Cada faixa etária tem suas particularidades e, por isso, uma alimentação capaz de oferecer os nutrientes fundamentais em cada fase melhora o funcionamento do corpo e garante mais qualidade de vida.

Nutróloga atuante no Hospital Meridional, Karoline Kalfa explica que aos 20 anos a mulher começa o corre-corre com estudo, trabalho e vida social. Para manter o pique o organismo precisa de energia. Além disso, os hormônios podem estar instáveis e a Tensão Pré Menstrual (TPM) é mais ferrenha.
“O ‘remédio’ para essa fase é abastecer o corpo com carboidratos como arroz, massas e pães – as fibras contidas neles prolongam a saciedade. A ingestão de leite, queijos e derivados – com baixo teor de gordura – ajudam na construção dos músculos e amenizam a TPM” esclarece a médica.
Aos 30 anos, depois de ‘correr’ bastante conciliando trabalho e casa o corpo da mulher começa a se cansar. “É hora de se prevenir”, alerta Karoline Calfa. “Por isso, não pular refeições e comer carnes magras, grãos integrais e diminuir a cafeína diminui a irritação, dores de cabeça, insônia e ansiedade”, acrescentou a médica. 
 
Chegando aos 40, a produção de hormônios cai e o metabolismo fica mais lento. As consequências são o ganho de gordura e perda muscular. “Soja, e linhaça amenizam os efeitos da baixa hormonal. Para retardar o envelhecimento, a recomendação é ingerir frutas vermelhas. Porções diárias de amêndoas, castanhas e nozes protegem as artérias, coração e cérebro”, orientou Karoline Calfa.
Para as cinquentonas, a recomendação é abusar de iogurte natural e queijos brancos, alimentos capazes de amenizar os sintomas da menopausa e, também, o azeite de oliva para proteger as artérias nessa fase onde há propensão para doenças degenerativas como artrose.
Aos 60 anos, a força muscular é reduzida e o risco de osteoporose aumenta, assim como, problema no coração. “Ingerir peixes de água fria reduz o colesterol ruim e as chances desenvolver problemas do coração”, informou a nutróloga.
As idades e a alimentação
Aos 20 anos
O corpo – Fase onde o consumo de energia é grande e os hormônios parecem estar instáveis facilitando uma Tensão Pré-Menstrual (TPM).
A alimentação – Carboidratos como arroz, feijão, massas, pães para dar energia.
Uma dica – Alimentar-se a cada três horas para manter o metabolismo em alta. Sempre ter a mão frutas secas, biscoitos integrais e sucos. Para quem malha, o tomate acelera a resposta dos músculos.

Aos 30 anos
O corpo – A mulher começa a conciliar responsabilidades que muito exigem dela como o trabalho e a casa. O corpo começa ficar cansado e a manifestar os efeitos do tempo.
A alimentação – Combinar carnes magras com grãos integrais ajuda a nutrir e a manter a boa forma. Reduzir café melhora a irritação própria dessa fase.
Uma dica – Alimentar-se com carotenóides como, cenoura, abóbora, tomate, manga e mamão. Eles previnem o envelhecimento provocado pelo sol, atenuando as rugas e estimulando a produção de colágeno.

Aos 40 anos
O corpo – O metabolismo fica em marcha lenta e a produção de hormônios cai. A mulher ganha mais gordura e perde músculos e as taxas de cálcio começam a declinar.
A alimentação – Sola e linhaça amenizam os efeitos da baixa hormonal. Consumir 500 gramas ou dez porções de hortaliças, frutas e legumes diariamente ajuda a reduzir em 50% o risco de desenvolver câncer.
Uma dica – Ingerir saladas feitas com brotos, como os de alfafa, são fonte de clorofila e nutrientes. Uma porção diária de amêndoas, castanhas e nozes protege as artérias, coração e cérebro.

Aos 50 anos
O corpo – O metabolismo não é mais o mesmo e exige uma dieta restritiva e a prática de esportes para evitar a perda muscular e os quilos indesejáveis.
A alimentação – Diminua as porções no prato e abuse de sucos frescos sem açúcar e água de coco. Consuma muito iogurte natural e queijos brancos para amenizar os sintomas da menopausa e a evitar a osteoporose.
Uma dica –

Aos 60 anos
O corpo – A força muscular diminui e a imunidade não é mais a mesma. Pode haver déficit de vitamina D, que aumenta o risco de osteoporose.
A alimentação – Duas vezes por semana consuma peixes ricos em ômega 3, 6 e 9, como a cavala e a sardinha. Esses nutrientes reduzem o colesterol ruim, combatem a depressão e o mal de Alzheimer.
Uma dica – Uma taça de vinho tinto ou suco de uva três vezes por semana, ou mesmo, um quadrado de chocolate meio amargo diário, são bons para o coração. Evite quilos a mais substituindo o jantar por lanches.

Colunista: Yollanda Gomes
Imagem: Ilustração