25 de novembro: Dia Nacional do Doador de Sangue

Doar sangue não dói, não engorda ou emagrece, e uma só doação pode salvar a vida de até três pessoas

No próximo dia 25 de novembro será comemorado o Dia Nacional do Doador de Sangue. Gesto de solidariedade e ato de amor ao próximo, doar o “liquido vermelhinho” está longe de ser uma ação presente na vida na maioria dos capixabas. Apesar de ser um procedimento simples, rápido, sigiloso e seguro, o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Espírito Santo – Hemoes – registra uma média de 70 a 80 doadores por dia, quando, segundo o órgão, o ideal seria mais de 90 voluntários para abastecer satisfatoriamente cerca de 35 hospitais no Espírito Santo.

De acordo com a coordenadora da coleta externa do Hemoes, Sâmia Secchin, o doador capixaba tem de 18 a 29 anos de idade, sendo que os homens são 80% e mulheres representam 20%. Dentro do perfil do ES, os doadores possuem ensino médio e a maioria é da Serra ou Vila Velha. “Por incrível que pareça estamos em Vitória, mas na capital o volume de doações é baixo. Há alguns mitos que precisam ser sanados. A doação de sangue não cria dependência, não engorda, não emagrece. O homem pode doar a cada dois meses a mulher a cada três. Sendo que o homem pode até fazer quatro doações por ano e a mulher três. Não é preciso ter medo, pois a retirada do sangue é segura”.

Incrivelmente, a vontade de salvar vidas, vitima de queimaduras, acidentes e de cirurgias, existe no coração dos capixabas, mas é impedida pela distância do deslocamento até o hemocentro. Segundo Secchin, o Hemoes possui um ônibus especialmente equipado que atende pedidos de todo o Estado. Para doar, o cidadão deve ter entre 18 e 65 anos, ter mais de 50 quilos, não precisa estar em jejum – basta não ingerir produtos gordurosos no dia. Além de não ter doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).

A dor da avó que precisa de uma transfusão urgente de sangue fez a administradora de empresas, Renata Chagas (23), comparecer pela primeira vez ao hemocentro. “É a primeira vez que vou doar, vai ser para minha avó. Eu gostei, vi que não dói como imaginava. Vou voltar a ajudar e incentivar a minha família e os meus amigos a doarem também”. Compartilha da mesma opinião, a dona de casa, Mirlene Ribeiro Passos (31). “Vou doar para a minha amiga e vizinha. Ela tem 25 anos e vai fazer operação de redução de estômago. Eu fico feliz por poder ajudar uma pessoa querida. Considero, acima de tudo, um ato de humanidade”, comemora.


Dengue hemorrágica e câncer: necessidade maior de plaquetas

A falta de esclarecimentos ainda é um entrave quando o assunto é doação de sangue. O procedimento é fácil e seguro. E o material colhido de um doador pode salvar até quatro vidas, devido à divisão de seus componentes.
“Aqui no hemocentro, se aproveita não só as hemácias, como as plaquetas e o plasma, chamados de hemocomponentes. As hemácias são as responsáveis pelo oxigênio, as plaquetas, que são os leucócitos, são responsáveis pela defesa e o plasma pela coagulação. Quando uma pessoa se acidenta, recebe as hemácias. Já para quem tem câncer, dengue hemorrágica, problemas com coagulação precisa de plaquetas. Por isso, precisamos de doadores sempre”, explicou a coordenadora da coleta externa do Hemoes, Sâmia Secchin.

O prazo de validade das plaquetas é de apenas cinco dias, enquanto das hemácias têm uma durabilidade maior: 30 a 35 dias. “Temos necessidade maior de plaquetas porque elas têm um tempo de vida muito curto. Para se ter uma idéia, para uma bolsa de plaquetas precisamos de sete a oito doadores”, enfatiza Secchin.

Para ser doador basta comparecer ao hemocentro, localizado na Avenida Marechal Campos, número 1468, Maruipe, em Vitória, munido de documento oficial com foto. As instituições que quiserem a visita externa do Hemoes devem ligar para (27) 3137-2459/2458 ou mandar um email para [email protected].

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